Em 1620, o filósofo inglês Francis Bacon, abre as portas do mundo racional com sua célebre “Dá-me provas” e o seu inesquecível “Demonstra-me”, permitindo a entrada do conhecimento; já que essa sua “Nova organização”, constrói uma perspectiva neutra e separa o observador do objeto observado.
Em 1720 o naturalista inglês Gilbert White, 1720- 1793, observando que inúmeras aves nascem com um “cérebro musical”, entendeu que o canto serviria para isolar as espécies similares, confirmar se estaria sendo selecionado um parceiro compatível, e seduzir os que estariam na época de acasalar.
Em 1780, aproveitando que o botânico sueco Carlos Lineu, 1704- 1778, começara a classificar as formas, os animais e os vegetais, o naturalista francês Conde de Buffon, tornou-se o primeiro a definir uma espécie como sendo, um grupo de seres vivos, que podem potencialmente cruzar uns com os outros tendo filhos fecundos.
Buffon afirmou que, as características das espécies não seriam imutáveis, e que através do tempo, elas teriam sofrido profundas transformações, pois a fauna atual teria se originado de alguma outra já extinta.
Em 1786, o alemão Johann Wolfgang Goethe, 1749-1832, estando no Jardim Botânico de Pádua, em meio a uma vegetação exuberante; teve consciência de que, os vegetais atuais, poderiam ter-se desenvolvido a partir de uma planta primordial.
Em 1794, Goethe inverteu as regras da época, pois em vez de perguntar Para que os chifres serviriam? ele indagou, “Como os bovinos teriam adquirido seus chifres?” Se os seres vivos, teriam sido criados com as características que apresentam? E se alguma característica dos seres vivos, teria sido adquirida ao longo do tempo?
Em 1795, o zoólogo francês Geoffroy Saint Hilaire, dá um passo à frente de Goethe, ao questionar se as espécies seriam variações em torno de um mesmo ancestral?
E por que as formas originais não teriam se mantido?
É bom deixar claro que Saint Hilaire, mesmo questionando como tudo aconteceu? O que teria causado as modificações? E tendo chocado o mundo com a polemica “Tese do parentesco humano”, ou seja, de que o homem teria semelhanças com alguns animais, ele não acreditava que as espécies existentes ainda pudessem sofrer modificações.
Em 1798, Thomas Bobert Malthus, 1766-1834, publicou um “Ensaio sobre o princípio das populações”, onde afirma que, Como os seres vivos tendem a aumentar mais rápido do que os seus suprimentos, as guerras, a fome, as doenças, os predadores e a sorte, serviriam para controlar as populações.
Em 1799, o filósofo alemão Immanuel Kant, 1724-1804, fundador da filosofia crítica, a “Intuição”, ensinou que, Quanto mais refletimos sobre as paixões, menos nos deixamos conduzir por elas. E teorizou que, Podemos assegurar à razão as pretensões a que teria direito, bem como, afastar qualquer pretensão sem fundamento ou feita através de decretos despóticos, que não estariam de acordo com as Leis eternas e inalteráveis, pois a consciência além de pressupor uma organização segundo Leis universais e necessárias, se contrapõem a causalidade, inspira à admiração e nos libertaria dos temores.
Em 1802, o naturalista Jean Baptiste de Monet, 1749-1829, (que ficou mundialmente conhecido como Lamarck), choca o mundo ao afirmar que, As espécies atuais descenderiam de outras menos evoluídas.
Que as espécies não seriam imutáveis, mas evoluiriam por ação do meio ambiente.
E que a evolução, seria o resultado de Leis naturais e não de intervenções miraculosas.
Como Lamarck tinha certeza que haveria uma modificação progressiva, e acreditava que a natureza antes de fazer o mais eficiente procuraria fazer o mais fácil, na sua “Teoria do hábito”, Lamarck propôs que, várias modificações adquiridas pelos seres vivos, seriam passadas para as gerações seguintes.
Lamarck equivocou-se, ao achar que a evolução seria a ação do hábito, pois como se desconhecia que, a evolução só acontece quando o genoma de um zigoto sofre alguma alteração, Lamarck achou que o hábito seria a causa das adaptações criadas pela natureza.
Para Lamarck o hábito influenciava a natureza fazendo com que os organismos envolvidos, fossem se adaptando.
O exemplo preferido de Lamarck, seria o pescoço comprido da girafa, que alcançaria as folhas mais tenras, nos altos galhos das árvores, de tanto o animal esticar o pescoço. Em contrapartida, se um órgão não fosse usado, ele aos poucos, regrediria até desaparecer.
Para a época, a idéia de Lamarck foi tão convincente, que apesar da “Lei do uso e desuso”, só influenciar os que praticariam algum hábito, ainda existiria quem fantasie que o habito atuaria sobre os nossos descendentes.
Em 1818, após constatar que, é possível ficar imune a determinadas doenças.
Wells publicou o primeiro trabalho onde foi proposto o “Princípio da Seleção Natural”, e afirmou-se que muito do o homem vem realizando através da ciência, também poderia ser feito pela natureza, com igual eficiência.
Wells, concluiu que, os seres vivos, tendo surgido de maneira acidental e dispersa, os mais bem adaptados, teriam conseguido se multiplicar em maior número, em razão da sua capacidade de resistir aos inimigos e as dificuldades, enquanto os que não se adaptaram teriam se extinguido, em decorrência das desvantagens existentes nos confrontos com os competidores mais vigorosos.
Em 1822, alem de fazer a ciência dá um passo à frente, ao estender o conceito de seleção natural aos animais e as plantas, Herbert afirmou que, De cada gênero, teria sido criado uma espécie dotada originalmente de grande maleabilidade quanto às adaptações, e que as adaptações teriam sido produzidas em decorrência tanto de cruzamentos como de variações, incluindo-se neste processo, todas as espécies existentes.
Em 1826, Grant, afirmou que, As espécies atuais descenderiam de outras; e que elas teriam se aperfeiçoado à medida que foram sofrendo modificações.
Em 1833, o poeta Afred Lord Tennyson, afirmou que, “A natureza é vermelha nos dentes e nas garras”.
Em 1835, Nicholas Lawson, governador de Galápagos, (que em espanhol arcaico, significa tartaruga), aguça a insaciável curiosidade de Darwin, ao lhe relatar que, Através das diferenças existentes entre as diversas Tartarugas ou Tentilhões, que costumavam visita-lo, seria possível descobrir de qual das lhas o animal teria vindo.
Em 1836, VON BUCH, reforça os conceitos da evolução, ao expressar sua crença de que, Através de cruzamentos, as variedades antigas, foram pouco a pouco se transformando nas espécies existentes.
Mas se equivoca ao acreditar que as espécies atuais, teriam perdido a capacidade de se entrecruzar.
Em 1837, Darwin (que já se convencera de que a evolução ocorria, porém não descobrira como o processo evolutivo agia), chegou a acreditar nas explicações de Lamarck, mas logo percebeu que a “Teoria do Hábito” estaria errada.
Como na época se desconhecia as mutações, foi impossível entender que os indivíduos de uma espécie podem formar outras diferentes ou mais adequadas ao meio ambiente onde vivem; até porque, embora Darwin tenha valorizado as batalhas que cada indivíduo travaria com seus concorrentes e o meio ambiente em que vive, ele não menciona que, a longo prazo, o mais importante seriam as lutas travadas por cada espécie.
Em 1838, observando que nascem mais seres do que os que sobrevivem. Vendo que as plantas e os animais morriam aos montes. Lendo os ensaios de Malthus. E tendo entendido que, ocorre uma “Luta pela vida” entre os indivíduos, já que só os mais aptos, conseguiriam se multiplicar. Darwin começou a formar sua Teoria da evolução; e questionar se a morte dos inaptos, seria parte do mecanismo que sustentaria a vida?
Em 1848, é achado numa gruta de Gibraltar, um antiquíssimo crânio do “Homem de Neandertal”.
Em 1849, o anatomista Richard Owen- 1804-1892, que criou o termo Dinossauro, (lagarto em grego, para designar os primeiros fósseis desses gigantes pré históricos, encontrado nas Ilhas britânicas), mesmo não conhecendo as causas, defende a mutação e propõem a evolução das espécies, pois Owen entendeu que o arquétipo dos seres atuais, teria se diluído através da enorme diversidade de modificações, iniciadas nos tempos anteriores a existência das espécies atuais. Para Owen todas as Leis naturais e causas secundárias estariam submetidas a tal fenômeno.
Em 1852, Naudin, que já acreditava na “seleção natural”, mas não tinha noção de como a mesma acontece, defende que, as espécies antigas eram mais suscetíveis de modificações do que as atuais.
A argumentação de Naudin, se baseava no que ele chamava de “Princípio de finalidade”, definindo-o, como sendo um poder indeterminado, misterioso para uns e fatalidade para outros, e que este super poder, entrosaria cada um dos seres ao meio ambiente, adaptando-o à função que deveria desempenhar na organização geral da natureza.
Em 1858, o naturalista britânico Alfred Rusiel Wallace, 1823- 1913, (desconhecendo que Darwin trabalhava na Teoria da evolução a cerca de 20 anos), ao lhe pedir conselhos sobre a seleção natural, incentiva Darwin publicar um trabalho conjunto com o mesmo.
Em 1859, Karternst Von Baer, 1792-1876, que já acreditava, nas “Leis da distribuição geográficas”, prega que as várias formas de vida existentes teriam se originado de um único ancestral comum.
Em 1859, o geólogo inglês Sir Charles Lyell, 1797-1875, um amigo de infância de Darwin, que fora o primeiro a fazer afirmações sobre a idade das pedras metamórficas, e que em 1837, já publicara o folheto “Elementos de geologia”, atacou e liquidou a Teoria Catastrofista.
Lyell ao declarar que, as mudanças geológicas seriam lentas, graduais, gastavam milhões de anos para acontecer e que não aconteceriam catástrofe inexplicáveis como as do “Dilúvio cristão”, teria incentivado Darwin publicar o seu bombástico livro, “A origem das espécies através da seleção natural”, onde é levantado a hipótese de que a seleção natural, seria o principal fator que determinaria a adaptação e a evolução das espécies.
Como a função da Arqueologia seria documentar e dar uma visão do antigo, em 1905, John Strut, desenterrando o passado, descobre rochas que têm bilhões de anos, e acha vestígios das antigas atividades humanas.
Fatos estes, que comprovam a tese levantada por Leonardo da Vinci, de que, “Os fôsseis seriam vestígios de seres que viviam quando as rochas onde eles são encontrados, eram apenas sedimentos”.