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quarta-feira, outubro 01, 2008

Nero teria responsabilizado os cristãos?


Aproveitando que Roma era a cidade das 07 colinas.
Que a Profecia do Apocalipse de São João predizia que, o fogo derrotará a fera de 07 cabeças..
E para fingir que Jesus Cristo existiu.
A Igreja usou o artifício de afirmar que, o Nero Cláudio César Augusto Germânico, que foi o quinto Imperador Romano, e que governou de 54 a 68, teria incendiado Roma.
Seria a encarnação do Anticristo.
E teria responsabilizado os cristãos pelo incêndio de Roma...

Mas o relato deixado por Suetônio no livro, “A vida dos doze Césares”, afirmando que, o Nero responsabilizou os cristãos e os martirizou no Coliseu de Roma...
Não passa de uma farsa, com o objetivo específico de justificar a existencia do personagem Jesus Cristo.
E embora o Caio Suetónio Tranqüilo tenha sido um grande escritor, ele não chegou a conheceu Nero, já que Nero se suicidou em 68, e Suetónio só nasceu em 69 da era cristã.

Os culpados pelo incêndio de Roma foram os os zilotas, os essênios, os terapeutas e os judeus que estavam sendo instigados por Crestus a se subverterem.
Mas nunca os cristãos, que na época não se diferenciavam do judeu comum.
E a maioria vivia em outras cidades.

Para confirmar que Nero é usado pela Igreja para provar a existência de Jesus, basta observar que até o tempo de Nero ninguém havia sido martirizado no Coliseu, pois a construção do Coliseu foi iniciada no ano 70 por Vespasiano e só foi inaugurado em 80 da época atual, por Tito.
Além disso, no momento do incêndio o Nero estava em outra cidade.
E o Nero não incentivava as chacinas, mas sim, artes como os musicais e as peças de Teatro.

Também vale lembrar que, em 64 os Evangelhos ainda não havia sido inventados.
Que o Novo Testamento foi fabricado por ordem de Constantino.
Que em 64 os cristãos residentes em Roma eram pouquíssimos, se é que na época de Nero existia algum cristão residindo em Roma.

Os cristãos insistem que, acreditemos nos Evangelhos canônicos, isto é, os reconhecidos pela Igreja e que supostamente teriam sido escritos por inspiração divina; mas negam os Evangelhos apócrifos escritos por pessoas que garimparam os fatos ou conviveram com algum contemporâneo de Jesus.
Pois para os crentes, os Evangelhos apócrifos seriam os proscritos da Bíblia e uma ameaça ao cristianismo.

Já que é impossível descobrir os incontáveis escribas que teriam escrito ou retocado os Evangelhos canônicos. Adotou-se o costume de se começar as narrativas bíblicas com o argumento de que, “Segundo fulano”...
Mas embora Irineu e Eusébio tenham sido os primeiros a atribuírem a Marcos a autoria dos Evangelhos, como os primeiros Evangelhos só teriam sido compostos depois que todos os contemporâneos de Jesus morreram...
Seria impossível garantir que os originais teriam realmente existido.
Até por que, os Evangelhos canônicos estariam cheios de marketing político, econômico ou religioso.
E seriam montagens ou compilações, recheadas com mitologias, mensagens orais e as lendas existentes na época em que a Bíblia foi inventada.