33.4 Saber-se mortal, foi o que “despertou” os humanos.
Além da morte ter feito com que a vida dos nossos ancestrais e de tudo que eles amaram se tornasse preciosa. Pois foi saber-se mortal que despertou os humanos para a difícil tarefa de querer aprender e a de protegerem-se uns aos outro.
O medo da morte e o sentimento de desproteção do homem místico foram tão profundos e insuportáveis, que mesmo quando a angústia era “esquecida” no nível consciente, no inconsciente ela continuava gerando fobias, ansiedades, dúvidas ou medos.
Como os humanos se desenvolveram em ambientes onde foram estimulados a progredir, a trabalhar em grupo e a acompanhar a evolução dos seus descendentes... Com o passar do tempo os humanos foram se aperfeiçoando e tiveram a possibilidade de ir ficando com o cérebro cada vez mais poderoso. Ao ponto dos humanos atuais serem a maior força transformadora da Terra. E o fruto de uma evolução que se dividirá em outras e se alastrará pelo cosmo. Até porque, o cérebro humano ainda esta em evolução e no futuro poderá se tornar bem mais sofisticado.
Ao criar expectativas que dão sentido a existência humana. Exorciza nossos terrores. E recompensar nossos sofrimentos e privações. O místico se reconciliaria com as crueldades do destino, acalmaria os seus sentimentos de desproteção diante da morte, minimizaria os trituramentos provocados pelos indecifráveis mistérios da vida. Assim como, acalmaria a revolta de ter nascido feio, pouco inteligente, sem saúde, sem sorte ou pobre. Se voltar para o caminho fantasioso da superstição, bem como, fabrica um “pai celestial”, com poderes sem limite sobre o tempo, a matéria, a energia, a vida e a morte... Mas cujo principal objetivo se resumiria em cuidar do insignificante Universo humano. Todavia, o conforto emocional que as religiões fornecem, faz com que os circuitos cerebrais dos místicos se voltem para o mundo da fantasia, como se esta fosse a única saída que existe para o ser humano; pois embora a nível individual existam algumas pessoas independentes, super inteligente e corajosa. O homem comum seria tão místico, tão inseguro e tão ridículo, que para dar um sentido a sua existência; se reconciliar com as crueldades do destino ou recompensar o azar de ter nascido sem alguma característica desejável, ele prefere acreditar em mentiras açucaradas. Pela lógica darwiniana, os mitos e as religiões seriam fatores seletivos favoráveis ao desenvolvimento da espécie humana, que reequilibrariam o individuo e o ajudaria suportar as suas angústia e obrigações. Pois para contrabalançar as dificuldades existenciais, os místicos prefeririam fugir da realidade.
33.5 Os humanos também são escravos da sua biologia?
Além do britânico Francis Crick (um dos descobridores do DNA), ter publicado em 2003, na revista “Nature Neuroscience” um artigo onde afirma que a consciência poderia ser expressa por um pequeno grupo de neurônios... É evidente que os que conseguiriam sair do seu “casulo” ou fugir das ciladas da vida, já nasceriam com a capacidade em questão e seria uma exceção, pois só o que já nasceram com os mecanismos e a oportunidade que os possibilita fazer o que é preciso fazer, conseguem enxergar, aprender, mudar ou renascer...
Estimando-se que até para emitir um juízo correto sobre um determinado dogma ou conclusão, precisamos ser capaz de estudá-lo com isenção, compreender seus argumentos e verificar se o mesmo é ou não fraudulento, pois possuir uma resposta pronta e apenas buscar uma confirmação para a mesma denotaria total falta de isenção. O que seria algo indesejável em uma avaliação justa e honesta, já que, qualquer afirmação só seria verdadeira quando estiver em conformidade com a realidade.
Pelo exposto, fica provado que a busca espiritual dos crentes, seu “monopólio da verdade” e sua “gula por Deus”, se baseariam em crenças absurdas onde as superstições e a idolatria dominaria a razão, pois o emocional guiaria a vida dos místicos. E tem ascendência sobre o comportamento dos crentes.
AteusBr é um tributo aos visionários que tentaram libertar a humanidade da escravidão religiosa. E o "Livro mestre" dos ateístas.