AteusBr é um tributo aos visionários que tentaram libertar a humanidade da escravidão religiosa. E o "Livro mestre" dos ateístas.

quinta-feira, julho 20, 2006

Religião X futuro

O que as superstições oferecerão ao homem do futuro, a não ser um monte de mentiras ou de ilusões, que já teriam sido a única esperança dos místicos e dos adoradores de relíquias?
Além das religiões serem uma escravidão psicológica, onde a verdade só se impõe através do esforço dos que se valem da ciência para ficar a salvo do fanatismo. Não existem dúvidas de que nos próximos séculos, as lendas e as ideologias que ofuscam a Humanidade serão esmagadas pela ciência, pois os pilares que sustentam as religiões estão sendo corroídos pelo progresso, e mais cedo ou mais tarde, a verdade terminará por se sobrepor a Fé e as versões fantasiosas que ainda controlam a vida dos crentes.
Já que num mundo mais rico, mais culto, mais feliz e mais saudável não haverá necessidade de se continuar acreditando em algum jurássico “Pai do Céu”.
Pelo fato da ciência se basear nas Leis de causa e efeito. Saber que tudo tem uma explicação. E não acreditar em milagres ou em seres que mudariam as Leis do Universo segundo os seus caprichos. É impossível que alguma Fé mumificada, destituída de inteligência ou cheia de ilusões, consiga convencer os lúcidos, pois além de está aumentando o abismo existente entre os supersticiosos e os racionais, a ciência continuará investigando e recontando tudo o que aconteceu.
Embora o místico minta descaradamente até para si mesmo, se agarre à ilusão de que o seu Deus poderia modificar as coisas. E procure dar um sentido de missão no que faz. Pois é por isso que o crente acredita em absurdos e aceita ser um servo. Como o que difere o homem dos animais é a capacidade de pensar de forma lógica. Posso lhe garantir que existem formas mais gratificantes de se comportar como ser humano.
E lhe aconselho que esqueça tudo o que você ouviu ou “aprendeu” sobre a fantasiosa “vida pós-morte”. Pois a lógica ensinar que não podemos afirmar a existência daquilo que não conhecemos (ou do que é diferente de tudo que existe). Que as revelações sobre a suposta “vida pós-morte” só poderiam nos ser dadas por algum enviado do além.
E que o problema das simplificações em tela é que todas as “revelações do Além” são inconsistentes, improváveis ou vazias. Pois não passam de ilusões ou manifestações típicas do pensamento místico.
Além disso, por mais que alguém seja feliz, este alguém não poderia está satisfeito para sempre. Pois o comportamento de querer fazer coisas tais como: namorar a mulher mais bonita, comprar uma casa melhor, trocar de carro, viajar, desejar aquilo que ainda não temos, etc. Seria uma manifestação típica do instinto humano de sobrevivência.
Como as coisas boas têm um preço, mas vale a pena pagar. E no momento em que as pessoas se sentirem plenamente felizes, ninguém irá ousar fazer mais nada de diferente, e o mundo pára de evoluir. Tanto no plano físico (comer, fazer amor) como no plano emocional (acreditar em Deus, desejar aquilo que não se tem), a evolução ditou algumas regras importantes e fundamentais, como as de que a vida termina em morte, a de que nada dura para sempre. E a de que a felicidade é feita de momentos, de modo que jamais possamos nos acomodar e apenas contemplar o mundo.
Conclusão: é melhor esquecer a idéia absurda de buscar uma fantasiosa felicidade a todo custo na vida pós-morte e ir a busca de coisas mais interessantes, como as coisas que ainda não conhecemos, as que desejamos, os pensamentos provocadores e mesmo algumas experiências arriscadas. Pois só conseguiremos viver melhor e contribuir para uma civilização mais harmoniosa e mais em paz com as outras culturas, quando acreditarmos na ciência e em nossa condição humana.