AteusBr é um tributo aos visionários que tentaram libertar a humanidade da escravidão religiosa. E o "Livro mestre" dos ateístas.

quarta-feira, julho 26, 2006

Qual a vantagem do Celibato?

Se o sexo é a relação física, psicológica e biológica, mais completa que podemos ter com alguém. A “isca” que atrai os seres para a reprodução. Há melhor forma de criar variedade. A forma mais prazerosa dos genitores fundirem o seu DNA. E se desde o começo, o próprio Criador teria afirmado que, “Não é bom que o homem viva só!”
Qual seria o sentido do celibato? Por que um adulto sadio e na fase de acasalamento, deveria desprezar as maravilhosas recompensas sexuais e deixar de buscar sua outra metade? Por que mesmo sendo a “extrema penitência”, o celibato eclesiástico não pode ser uma escolha voluntária? Qual a vantagem do indivíduo se tornar um celibato, considerar o sexo uma coisa pudica ou se abster dos deslumbrantes prazeres do sexo?
Por que o casamento seria um apego à carne, um empecilho à salvação da alma ou uma armadilha fatal, que nos impediria de seguir nossa espiritualidade?
O repudio e a aversão ao sexo, seriam algum anomalia, onde se acha que o sexo seria uma tentação mundana que afastar o indivíduo do caminho da purificação e do aprimoramento espiritual? Qual a vantagem de se dedicar a um comportamento difícil, antinatural e sem confortos, onde o simples desejar, o simples tocar ou o simples olhar determinadas partes do sexo oposto, já seria um “pecado”?

32.2 O celibato propiciou que a Igreja herdasse os bens do Padre?

O Celibato seria alguma "amputação" ou uma forma perturbada de regular emoções quase fora de controle, que parecem mais importante do que a realidade? Qual a vantagem de trocar os prazeres sexuais por uma recompensa distante, virtual e impossível de provar?
A exigência do celibato (instituída no ano de 1123 e tornada rígida no Século XIX), seria alguma forma ardilosa de possibilitar que a Igreja herde os patrimônios que os padres acumulam durante sua vida sacerdotal?
Já que o desejo sexual dos humanos não se encera na reprodução ou mesmo na genitália. E não há sexualidade sem fantasias. Que de tão variadas escapam das tentativas de classificação. È evidente que o corpo humano não é só um objeto. E não seria verdade que o corpo humano não tem valor.
O autor questiona por que agradaríamos ao Deus dos judeus não tendo filhos e não transmitindo o legado da nossa existência a outros? Para que renunciar aos descendentes e desperdiçar o prazer/dever de transmitir a vida? Porque se deveria abster da felicidade de gerar e de interferir no crescimento dos filhos? Qual a vantagem dos celibatários serem proibidos de usufruir os confortos e prazeres de somar seus genes, mente e corpo, com os de alguma outra metade? Por que os humanos não podem separar o sexo da reprodução? E por que a sexualidade humana deveria ser usada apenas para a procriação?
Já que é verdade que o corpo humano não participa da ressurreição... Por que não podemos desfrutar dos prazeres proporcionados pelo mesmo? Por que não podemos dispor do nosso corpo como bem entendemos? Porque não podemos desenvolver nossa sexualidade para o prazer? E porque não é possível se arrepender dos votos feitos em algum momento confuso ou obscuro?
Embora o sexo não seja um “pecado”, mas sim, a origem da vida. Uma forma de diversificar as espécies. E a relação biológica mais completa que podemos praticar com alguém. Alguns machos muito exigentes, muito sensíveis ou “pouco chegado”, pode sentir repulsa por determinados tipos específicos de fêmeas. Ou pode achar que determinadas mulheres seriam alguma armadilha sexual da natureza e um Demônio que os tenta... Pois os que não entendem que para ser mãe, a fêmea primeiro precisa ser “puta”... Costumam se agarra na fantasia da pura, intocável e santa “mãe virgem”.

32.3 È possível esperar sabedoria dos que desprezam os confortos da vida?

Como é impossível que todos os celibatos sejam “anjo". E que eles não sejam atraídos pelos encantos, a juventude, a beleza, a saúde e a força atrativa de algum amor carnal, que poderia fazer com nos sintamos mais satisfeito, mais feliz ou mais completo.
E Já que é dificílimo (e antinatural), que se vegete a vida toda numa atmosfera onde só existem pessoas do mesmo sexo. Pois esse desperdício injustificável retira parte da alegria que a vida pode nos oferecer.
Questionamos por que devemos desprezar os prazeres e as oportunidades da vida sexual? Por que devemos fazer infindáveis penitências e incontáveis sacrifícios para algum Deus cuja existência não pode ser provada? E se é inteligente permitir que o nosso “Orientador familiar” seja alguém que não namora, não tem relações sexuais, não tem filhos e sequer pretende coabitar com algum indivíduo do sexo oposto?
È possível esperar sabedoria dos que desprezam os confortos da vida. Trocam as mulheres jovens, bonitas, fogosas e preciosas, por fastidiosas “vocações religiosas”. Desperdiçam os prazeres sexuais. E trocam as maravilhosas recompensas amorosas, por algum absurdo Conto de fada religioso?
O celibato eclesiástico se apoiaria na crença de que a abstinência sexual, o rígido controle dos instintos, a autodisciplina, as privações e a transferência da energia sexual para as atividades religiosas, purificariam o individuo, agradaria a Deus ou seria a resposta para os problemas que nós afligem?
Mesmo que o conformismo, a falta de ambição, o espírito de renúncia, a abstinência sexual, os sofrimentos, a pobreza, a humildade, o silêncio e a submissão, sejam virtudes para alguns tipos de religiosos... No mundo real, estas “passividades” só serviriam para reforçar nosso papel de vítima. Nos incentivar ser perdedores crônicos. Destruir nossas expectativas ou nos transformar em dependentes psicológicos, que usariam a religião como um prêmio de consolação.

32.4 Doloroso desperdiço

Caso o celibato não seja uma ingenuidade, um delírio ou uma insanidade contrária à natureza, onde o crente desperdiçaria a oportunidade de poder passar seus genes adiantem. Explique o que faria o celibato ser mais importante do que a reprodução e o prazer sexual!
Já que os humanos conseguem separar as relações sexuais da reprodução. E pode usar a sexualidade para o prazer... Por que não seria um desperdício ou mesmo uma intromissão, permitir que a religião controle nossa biologia e a nossa vida sexual?
Além de a medicina confirmar que os casais que realizam mais de 02 relações sexuais por semana, seriam mais saudáveis. Teriam mais anticorpos e seriam mais felizes... Pesquisas feitas na Universidade de Louisville provaram que apesar dos caracteres somáticos, variarem de indivíduo para indivíduo, as preferências sexuais seriam quase as mesmas.
Embora os animais só usem o coito para a reprodução, já que o cego instinto sexual dos mesmos seria a “ferramenta” que os possibilita sobreviver às dificuldades do meio ambiente, aos predadores e as doenças.
Na espécie humana, o prazer sexual tem uma dimensão bem maior. E é bem mais sofisticado e mais complexo. Pois além dos humanos terem pouquíssimas relações sexuais que geram filhos e incontáveis que só lhes proporcionaria prazer. O fato de quase todas as relações sexuais dos humanos serem realizadas de forma capaz de impedir que a companheira engravide. Prova que os humanos já deixaram de ser um simples escravo sexual da natureza.