AteusBr é um tributo aos visionários que tentaram libertar a humanidade da escravidão religiosa. E o "Livro mestre" dos ateístas.

segunda-feira, setembro 25, 2006

A submissão ao líder

Além das emoções, misticismo e crenças primitivas, serem um entrave ao raciocínio filosófico dos que movidos por toda sorte de cismas, temores e fantasias se deixam arrastar pelo automatismo religioso e se tornam “irracionais”.
E por isso mesmo, incapaz de uma análise criteriosa e imparcial da verdade.
Ao exumar o modo de raciocinar dos crentes, e encontra milhões de pessoas que só compreenderiam com algum tipo de ajuda.
E os que não conseguiriam compreender.
O sociobiólogo americano Edward O. Wilson, falando sobre as religiões, esclareceu que,
As religiões seriam incapazes de conduzir o crente ao conhecimento verdadeiro, pois embora elas finjam saber o por que das coisas.
E apregoem formulas milagrosas de resolver os problemas existenciais, as religiões não perderiam tempo com investigações e desprezariam os raciocínios filosóficos.
Para Wilson, mesmo a religião sendo uma ânsia milenar enraizada no cérebro humano, e a primeira etapa da nossa Evolução intelectual.
As religiões seriam incapazes de conduzir o crente ao mundo real,
já que as versões ou interpretações religiosas, seriam desvinculadas da razão, da verdade e do conhecimento científico acumulado.
Mas ainda assim, as religiões fariam bem mais sucesso do que a ciência;
especialmente entre os simples, sofredores, místicos ou acriançados.
Já que os místicos têm uma incontrolável predisposição de endeusar ídolos, de acreditar na transcendência, de seguir os modismos, de se agarrar às lendas e de se submeter a algum Deus.
Todavia, ser temente a algum Deus não seria prova de sabedoria, mas sim, uma fraqueza típica dos que fantasiam, exageram ou não se importam com a falta de prova.
Pois as versões religiosas não seriam verdadeiras.
E seriam apenas sofismas, que sustentam pontos de vista falaciosos ou argumentos simplórios. Wilson afirmou que, A raça humana sempre teve uma forte inclinação para a idolatria e a “submissão automática”, pois os humanos mesmo podendo modificar o ambiente em que vivem. Tendo a capacidade de criar algum tipo de cultura.
E sendo capaz de interferir na história.
A maioria ainda desperdiçaria seu tempo endeusando aqueles que admira.

Impulsos fora de controle

Embora ninguém seja perfeito e até os grandes vultos tenham algum defeito.
Pois os “grandes homens” não passam de indivíduos comuns que ao enfrentarem algum desafio terminaram fazendo algo bem sucedido.
E os que lideram sobre os que aceitam servir, usem os conhecimentos em proveito próprio ou como uma máquina de opressão, capaz de subjugar os que não tem como se defender dos assédios psicológicos.
Até porque, os “deuses” dos humanos não são uma solução real ou verdadeira, mas parte das fantasias que herdamos.
Diversos líderes religiosos, fortalecidos pelo medo, o obscurantismo e a ignorância que assombra a parte crédula da Humanidade, já teriam convencido os crentes de que a vida não teria grandes soluções.
E a pretexto de que estariam salvando suas almas, teriam espalhado seus dogmas pelo mundo. Distorcido a verdade.
E usado à religião para acumular riquezas ou dominar os que se sentiriam felizes em trocar sua única vida biológica, por uma fantasiosa e tediosa vida após a morte.
Pois os humanos necessitariam de exemplos, de algo que de significado a existência ou de alguém em quem possa se agarrar.
È por esses motivos que os humanos desenvolveram a “Vontade de Poder” (descoberta por Adler).
A “Vontade de Significado”, descoberta por Viktor Frankl.
O Impulso Ético ou Moral.
E o Impulso de Cogitação da Existência, que seria uma procura para o sentido da nossa existência.
Mas apesar de só quem consegue vencer o medo, possa se livrar das superstições possa deixar de acreditar na mitologia e possa entenda que as religiões seriam um refúgio, onde buscamos uma compreensão fácil de uma vida cheia de crueldades, enigmas e desafios.
Os Lúcidos não devem estranhar que os crentes ou místicos, ainda que não tendo capacidade de fabricar um único verme, já tenham criado dúzias de deuses,
pois além de determinadas afecções mentais estarem tão fora do nosso controle, que nem teríamos conhecimento das mesmas.
A maioria dos humanos precisaria acalmar suas necessidades, descobrir um significado para a vida e não se conformariam em ser um joguete da natureza.

Barreiras biológicas

Na mente do místico existiria algum medo ancestral, circuito neural, desequilíbrio químico ou dificuldade, que o incapacita de aceitar a verdade, quando muito incômoda?
A ingenuidade do crente e o seu desejo de acreditar em Deus, seria algum determinismo (ou comportamento místico), que o indivíduo herdaria dos seus ancestrais?
Por que os que buscam algum milagre junto aos deuses ficariam presos em labirintos onde é dificílimo escapar?
Compactuariam com mentiras que violentariam a realidade.
E contrariariam a inteligência racional?
As superstições seriam dependências que não seguiriam as Leis da razão, mas sim, as convicções dos seus líderes?
As superstições serviriam para descarregar ansiedades?
Conectar os indivíduos isolados, ou fazer com que as crenças religiosas fluam, através dos que teriam sido condicionados a usar os mesmos circuitos neurais dos cérebros místicos?
Existem evidências de que seria impossível o crente agir ao contrário do que lhe fora geneticamente predeterminado?
O comportamento dos crentes estaria condicionado por genes, que o predisporia desenvolver certos tipos de comportamentos e não outros?
Por que a Fé e o “Instinto religioso” são características típicas dos místicos ou com determinadas instabilidades emocionais?
Haveria alguma base psicológica ou neural para os comportamentos absurdos?
O fato de algumas substâncias, determinados Traumas, algumas pancadas e determinadas cicatrizes, ampliarem o misticismo dos indivíduos místicos ou que trocam a realidade pela esperança.
Provaria que no cérebro humano, há circuitos que seriam ativados por determinados fatos ou mesmo compostos químicos?

“Escolha” inconsciente

Já que na ânsia de manter a vida e a biodiversidade, a natureza estaria bem mais empenhada em garantir a sobrevivência das diversas espécies, do que em produzir racionalidades, sem os mecanismos das emoções.
É comum que, mesmo numa época tecnologicamente avançada como a nossa, ainda exista idolatria e superstição.
Pois as crenças humanas seriam o resultado de alguma imaturidade e de escolhas conscientes.
Como a ciência tem pouco para oferecer aos emocionais ou tolos, em termos de remediar suas ansiedades.
E já que o comportamento diferenciado do crente é restrito a um segmento característico de indivíduos, que não se encaixariam nos critérios estabelecidos pela ciência.
E estaria associado a algum estilo específico de vida prática.
Para os emocionais seria comum que determinados desejos ou pensamentos, tenham bem mais valor do que os refinamentos da lógica ou mesmo da razão.

Existiria alguma divisão entre a racionalidade e a dependência religiosa?
As religiões seriam uma extensão do nosso mundo místico ou algum alvo, onde projetaríamos nossos medos, desejos e fantasias?
É verdade que quando algum individuo acriançado ou místico aceita um dogma, ele não poderia testar se o dogma é ou não verdadeiro, pois o crente já estaria condicionado a achar que os dogmas da sua religião seriam uma verdade absoluta e que nunca mudará?
Caso as religiões sejam um modo de pensar místico ou uma fuga da realidade que distorceriam nossas percepções e resistiriam às correções...
Por que a seleção natural e a seleção cultural permitem que estes embustes não apenas sobrevivam, mas até prosperem?
Além dos governados por convicções religiosas, tentarem fazer com que os outros se adaptam aos seus modelos preestabelecidos de utopia...
À medida que os crentes vão ficando poderosos, eles se tornariam dominadores, esmagariam a verdade, encarariam os adversários, os dissidentes e os infiéis.
E chegariam a achar que os hereges seriam merecedores da censura, da prisão, do exílio ou até da morte.